Trilogia Grande Sertão: Veredas

Última obra da Trilogia Grande Sertão: Veredas, que apresenta um painel completo da obra-prima de Guimarães Rosa.

Ministério da Cultura e Grupo Bali apresentam a peça:

O Julgamento de Zé Bebelo

Última obra da Trilogia Grande Sertão: Veredas, que apresenta um painel completo da obra-prima de Guimarães Rosa. A temporada marca a estreia, de peças para o público adulto, da Mostra Teatral de Brasília

Nos dias 12 e 13 de abril, o Teatro Brasília Shopping recebe releitura teatral que fecha a Trilogia Grande Sertão: Veredas, uma adaptação da obra imortal de João Guimarães Rosa. O projeto, com direção do renomado Amir Haddad, é protagonizado e foi idealizado por Gilson de Barros.

Aclamada pela crítica e indicada ao Prêmio Shell Rio 2023, a trilogia emociona o público com sua profundidade e riqueza linguística. Os três espetáculos: "Riobaldo"; "No Meio do Redemunho"; e "O Julgamento de Zé Bebelo" formam um painel completo da obra-prima de Guimarães Rosa.

"O Julgamento de Zé Bebelo" retrata um dos momentos mais poderosos da narrativa original da obra literária. A peça narra o confronto entre a lei dos homens e a lei do sertão quando Zé Bebelo, um líder jagunço derrotado, exige um julgamento justo em vez da execução sumária tradicional.

Nesta cena emblemática, Joca Ramiro, o "chefe dos chefes", assume o papel de juiz improvisado, criando um curioso sistema de justiça paralela. "Esta cena é um microcosmo da sociedade", analisa Haddad. "Zé Bebelo, ao exigir seu direito a um julgamento, traz para o mundo violento dos jagunços um lampejo de civilização, mesmo que à sua maneira".

Barros, que interpreta vários personagens na peça, destaca: "Há um momento em que Zé Bebelo diz 'Se vou morrer, quero morrer de direito'. Essa fala resume toda a complexidade moral que Rosa via no sertão".

Na oportunidade de sua vinda a Brasília, Gilson de Barros brinda o público com sessões de "Riobaldo", às 19h, e de "No Meio do Redemunho", às 20h30, na sexta-feira, dia 11. As duas primeiras montagens que compõem a Trilogia.

Em Riobaldo, Barros narra uma trajetória marcada por três amores fundamentais do ex-jagunço. Primeiro, Diadorim, o companheiro de jagunçagem que esconde um segredo transformador e leva Riobaldo a fazer um pacto com o diabo. Depois, Nhorinhá, representando o amor carnal e sem julgamentos, em contraste com Otacília, que simboliza a redenção e a possibilidade de uma vida pacífica.

E "No Meio do Redemunho" já apresenta um Riobaldo envelhecido, agora fazendeiro, que estabelece um diálogo direto com o público num debate filosófico sobre a existência do diabo. A peça mistura contos populares do sertão com reflexões profundas sobre o bem e o mal, usando a linguagem única de Rosa para criar uma experiência quase hipnótica.

Os três espetáculos compartilham uma abordagem cênica minimalista, onde a palavra de Guimarães Rosa é a verdadeira protagonista. "Optamos por não poluir o texto com excessos visuais", explica Haddad. "A força está na linguagem Roseana - cada palavra é como um tijolo construindo esse universo único". A iluminação cuidadosa e o trabalho vocal meticuloso de Gilson de Barros completam o quadro, transportando o público para o sertão mítico criado por um dos maiores gênios da literatura brasileira.

Os artistas: mestres do teatro brasileiro

A direção de Amir Haddad, um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, co-fundador do Teatro Oficina nos anos 1950 e pioneiro da cena experimental, garante uma abordagem inovadora e profunda da obra roseana. Com seis décadas de carreira, Haddad já dirigiu clássicos como "A Incubadeira" e "O Mercador de Veneza", trabalhando com grandes nomes como Andrea Beltrão e Ney Matogrosso.

Gilson de Barros, com mais de 40 anos de carreira, consolida-se como um dos maiores intérpretes de Guimarães Rosa no palco. Formado pela UNIRIO, já trabalhou com diretores lendários como Augusto Boal e Domingos Oliveira. Sua dedicação à obra de Rosa rendeu-lhe a indicação ao Prêmio Shell 2023, confirmando sua maestria em traduzir para o teatro a complexa linguagem do autor.

Ficha técnica: Recorte e atuação: Gilson de Barros | Direção: Amir Haddad | Cenário e direção de arte: José Dias | Cenário e figurinos: Karlla de Luca | Iluminação: Aurélio de Simoni | Programação visual: Guilherme Rocha, Mikey Vieira e Pedro Azamor | Técnico: Mikey Vieira e Pedro Azamor | Realização: Barros Produções Artísticas Ltda.

Serviço:
Mostra Teatral de Brasília
“O Julgamento de Zé Bebelo”,
Local: Teatro Brasília Shopping
Endereço: SCN Quadra 05 - Asa Norte
Temporada dias 11 a 13 de abril, sábado e domingo, às 20h
Duração: 60 minutos
Vendas pela Sympla:AQUI
Informações: https://www.instagram.com/teatrobrasiliashopping/
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 16 anos


“Riobaldo”, sexta-feira, 11/4, às 19h
“No Meio do Redemunho”, sexta-feira, 11/4, às 20h30
Vendas pela Sympla:AQUI


A Mostra Teatral de Brasília é apresentada pelo Ministério da Cultura e Grupo Bali, via Lei Rouanet, com patrocínio da Paulo Octávio Investimentos e apoio do Brasília Shopping.

11/04 a 13/04

20h

Valores:

Ingressos: R$ 45,00 (meia) e R$ 90,00 (inteira)
Ingressos populares (sujeito a lotação): R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira)

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